O Aguçamento da pandemia e a Ômicron: O MOMENTO É DE SALVAR VIDAS

Prezado Sr. Ministro Marcos Pontes,
Prezados Secretários do MCTI,
Prezados Diretores das Unidade de Pesquisa,
Prezados Presidentes das Agências e Fundações vinculadas ao MCTI,
Viemos por meio dessa carta aberta, expressar nossa preocupação com a situação de contaminação e mortes por coronavírus no Brasil, nos diversos Estados, em particular no Distrito Federal, no Ministério e suas unidades, e pedir sensibilidade e responsabilidade ao Ministro e aos gestores com o momento considerado crítico e que pode causar ainda mais tragédias do que as que já vivenciamos até aqui. Exemplos trágicos sobre o contágio e mortes não faltam.
Segundo matéria do Jornal Correio Braziliense de 24/01/22 “a taxa de ocupação dos leitos públicos de unidades de terapia intensivas (UTI) do DF utilizados para atender pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 subiu. Segundo dados do portal Info Saúde, disponibilizado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), o número chegou a 90,16%. São 83 leitos de UTI disponíveis na rede pública de saúde. Deste total, apenas seis estão vagos — sendo que cinco são específicos para pacientes adultos.”
A taxa de contaminação por covid-19 é a maior desde o início da pandemia. Veja o que diz o Jornal O Globo: “O Distrito Federal registrou, nesta sexta-feira (21), 3.297 novos casos conhecidos de Covid-19 e mais 3 mortes pela doença. Um levantamento da TV Globo aponta que esta foi a semana com maior número de infecções desde o início da pandemia: foram 20.205 nos últimos cinco dias, uma média de 4 mil a cada 24 horas. A taxa de transmissão também subiu de novo, para 2,61, e igualou o recorde registrado em março de 2020, quando esteve com o mesmo valor. Na quinta (20), o índice foi de 2,58. O número aponta que cada 100 infectados podem contaminar outras 261 pessoas e indica forte avanço do vírus. Desde o início da pandemia, 11.139 pessoas perderam a vida e 561.457 foram infectadas em Brasília.”
Servidores e colaboradores que estão indo ao MCTI e suas unidades presencialmente têm mostrado medo e insegurança. Diversos seções e ações realizadas têm sido suspensas por falta de pessoal – contaminado por covid – e/ou para realização de trabalho de desinfecção do ambiente de trabalho. Então todos preocupados com o crescimento da pandemia e com a nova variação do covi-19, como a ômicron, consideradas pelos especialistas como mais contagiosa, afetando um leque de pessoas muito maior do que o que era conhecido até então.
A situação é grave! Nosso pleito, assim como das principais entidades representativas de servidores, é simples. Subscrevemos a Nota Técnica da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) mais que atual: “Quem tem condição de ficar em casa, deve ficar. Quanto menos contato social, menos gente se contamina. O trabalho presencial é uma fonte grave de contágio: a pessoa vai ao trabalho de carro ou transporte coletivo e fica em um ambiente fechado com outras pessoas por muito tempo. Medidas de precaução como distanciamento, ampliação da ventilação, uso de máscara, redução de horário e mudanças nos horários de entrada e saída são ações que contribuem para reduzir os riscos, mas não se compara ao trabalho remoto, em casa. Se a atividade pode ser desempenhada a distância sem prejuízo para o serviço, esse risco é totalmente desnecessário. Cada um de nós tem uma responsabilidade individual e coletiva no combate à pandemia. Quem pode trabalhar remotamente ajuda quem não tem essa opção. Cada organização, pública ou privada, deve identificar quais atividades podem ser realizadas remotamente e quais exigem presença física, privilegiando a modalidade remota para tudo que for possível enquanto a situação não estiver segura.”
Ainda não é hora de retorno presencial pleno!
Urge ao MCTI adotar todas providencias possíveis e cabíveis, dentro dos critérios e recomendações da ciência, para combater a pandemia. Faz-se necessário a manutenção do trabalho remoto, a adoção dos Planos de Gestão/teletrabalho, a cobrança séria da vacinação entre seus servidores e colaboradores – “passaporte vacinal”.
Certos de contarmos com vossa compreensão, de contarmos com a defesa da ciência e tecnologia, livre de pressões políticas, na adoção de medidas tais como citado acima, nos colocamos sempre à disposição para o diálogo aberto.
Cordialmente,
Diretoria Executiva Nacional do SindGCT
Plenamente de acordo, não há condições sanitárias na sede do MCTI
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